04 janeiro 2009

O grande rei da África, Nilo

O rio Nilo é um grande rio do nordeste do continente africano que nasce a sul da linha do Equador e desagua no Mar Mediterrâneo. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3 349 000 km² abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egipto.

A partir da sua fonte mais remota, no Burundi, o Nilo apresenta um comprimento de 6.627,15 km.
É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco (Bahr-el-Abiad), o Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) e o rio Atbara. O Nilo Azul (Bahr-el-Azrak) nasce no Lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo Branco em Cartum, capital do Sudão.

O Nilo propriamente dito começa em Jinja (Uganda), na borda norte do Lago Vitória, correndo para norte através das quedas Ripon (que deixaram de existir desde a construção da barragem de Owen Falls em 1954), passando pelo Lago Kioga e pelo Lago Alberto. O ramo entre estes dois rios é conhecido como o Nilo Vitória.


A partir do Lago Alberto e até Númula, no Sudão, o Nilo recebe a designação do Nilo Alberto.
Em Númula e até se encontrar com o rio Sobat (um pouco acima de Malakal) o Nilo é conhecido como o Bahr al-Jabal, o Rio Montanhoso. tre Malakal e Cartum, o Nilo é conhecido como o Nilo Branco. Em Cartum o Nilo Branco recebe as águas do Nilo Azul, oriundo dos altos planaltos da Etiópia. A 322 quilómetros a norte de Cartum, o Nilo recebe o seu último grande afluente, o rio Atbara, oriundo igualmente do planalto abissínio.

O Delta do Nilo é o local onde o rio Nilo deságua no mar Mediterrâneo através de vários canais. É uma região pantanosa e povoada por crocodilos.


O Nilo possui várias cataratas, mas na Antiguidade distinguiam-se seis cataratas clássicas do Nilo que estavam situadas entre Assuão e Cartum.

Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sisstemas de irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Assuã. Foi o aproveitamento das cheias do Nilo que determinou a ocupação do Egito por comunidades agrícolas ( os nomos ) desde pelo menos 6000 a.C. Já nesse momento firmaram-se as bases que por séculos acompanhariam todo o desenrolar da história egípcia antiga: prática da agricultura como eixo da vida econômica e campesinato como maior parcela da sociedade.

Das águas do Nilo também prosperam até hoje o cultivo de papiros e a olaria ( fabricação de tijolos e potes de barro) que ainda são confeccionados no antigo estilo egípcio , feito a mão.

Em geral o Nilo subia de 6 a 7 metros, e o ciclo de suas inundações serviu de base para o calendário egípcio. Este compunha-se de três estações com 4 meses de trinta dias cada uma, totalizando 360 dias, aos quais se adicionavam outros 5 dias complementares: Akhit, época da inundação, entre julho e novembro; Peret, a chamada (saída) ou vazante do rio, com o reaparecimento da terra cultivável do seio das águas, época de semeadura, entre novembro e março; Shemu, a colheita, que acontecia de março a junho. O ano novo ocorria no dia 19 de julho, início da inundação, correspondendo com o aparecimento no céu da estrela Sirius, chamada Seped em egípcio.

Historicamente, o modelo agrícola do vale do rio Nilo depende estreitamente do ciclo anual do rio. O seu curso é rigorosamente periódico. De agosto a novembro é o período das chuvas estacionais nas montanhas da Etiópia e, consequentemente, o período do volume máximo do Nilo. No baixo vale do Nilo é este um período de inundações de grande parte das terras planas das margens do rio. Embora esta inundação possa ser ocasionalmente prejudicial, é sobretudo benéfica. Supre de água o solo, arrasta os sais, e deposita uma nova camada de limo orgânico que age como fertilizante. Com efeito, esta inundação anual conservou o vale do Nilo como uma das áreas mais férteis do planeta, não obstante o cultivo ininterrupto por milhares de ano.

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