Animal em destaque no Planeta - Leão do Atlas
O leão-do-atlas Panthera leo leo foi a maior e mais feroz de todas as subespécies de leão, podendo os machos chegar a pesar entre 270 a 330 kg e as fêmeas entre 180 a 210 kg. Os machos têm como característica uma imensa juba preta, que cobre grande parte de seu corpo. Antigamente o leão-do-atlas, também conhecido como leão-barbário ou berbere, era encontrado em grande parte da região norte da África. Seu habitat se estendia do Marrocos ao Egito, ao longo da costa sul do Mar Mediterrâneo.
Diferente dos leões do resto da África, os leões-do-atlas viviam em áreas montanhosas e florestadas. Junto com o também extinto leão-europeu, o leão-do-atlas foi muito utilizado no Coliseu romano.
Por volta de 1700 foi extinto da Líbia. Em 1891 foi extinto da Tunísia e em 1893 da Argélia. O último leão-do-atlas em liberdade foi morto em 1922 no Marrocos, na região dos montes Atlas. Acreditou-se que estava extinto até que foram encontradas em cativeiro algumas populações com características desta subespécie.
Existe um forte parentesco entre os leões do Atlas e o leão asiático. Acredita-se também que o extinto leão-europeu possa ter sido o elo entre as subespécies da Ásia e do Norte da África.
Testes de DNA vão revelar quais são os descendentes mais puros, que serão utilizados no projeto. Os leões do zoológico Tebara, em Rabat, Marrocos, são provavelmente os leões menos hibridizados, ou seja, contém mais genes do leão-do-atlas do que os outros descendentes. O projeto pretende também, após recriar o leão-do-atlas, reintroduzi-lo na natureza.
Atualmente, existem várias dezenas de indivíduos em cativeiro que podem ser descendentes dos barbarios: O Parque de Animais Selvagens de Porto Lympne na Inglaterra tem doze espécimes descendentes de animais pertencentes ao Rei de Marrocos. Além disso, onze animais encontrados no zoológico de Adis Abeba, capital da Somália, acredita-se serem descendentes de Leóes Barbários pertencentes a Imperador Haile Selassie.
Uma pesquisa publicada em 2006 dá suporte a distinção dos leões bárbarios como uma sub-espécie distinta das outras encontradas na África. Os resultados encontraram uma sequencia de DNA única presente em algumas espécimes de museu de origem berbere. Este pode ser um bom marcador molecular para identificar e excluir outros potenciais leões berberes ainda vivos. Os resultados do DNA revelaram que cinco amostras testadas dos leões da famosa coleção do rei de Marrocos não são, de acordo com este critério, maternalmente berberes. Em 2005, a pesquisa do DNA mitocondrial revelou que um exemplar de leão do Zoo Neuwied na Alemanha não é de origem subsariana de acordo com sua linhagem mitocondrial e, portanto, muito provavelmente, seria um descendente de um leão berberes.
A popularidade do leão Barbario como animal de zoológico oferece a única esperança de vê-lo novamente em estado selvagem no Norte de África. Após anos de pesquisa científica sobre o Leão do Atlas e histórias de sobreviventes, O Projeto Leão Barbário, em colaboração com a Universidade de Oxford, Lançou seu ambicioso Projeto Internacional Leão Barbario. Eles estão usando tecnicas próprias de DNA para identificar a impressão digital do DNA "da subespécie Leão da Barbária".
Utilizam se de amostras de ossos de restos dos Berberes em museus da Europa, como os de Bruxelas, Paris, Turim e outros. Essas amostras são levadas à Universidade de Oxford, onde a equipe de ciência extrai a seqüência de DNA que identifica o Berbere como uma subespécie separada.
Embora os berberes estejam oficialmente extintos, já se identificaram muitos leões em cativeiro, em todo o mundo, que são descendentes do original Leão Barbário, como os leões real no zoológico de Temara, no Marrocos. Esses descendentes serão testados quanto ao grau de hibridização. Aos melhores candidatos serão, em seguida, introduzido um programa de reprodução seletiva que irá trazer de volta" a raça" do Leão da Barbária. A fase final do projeto vai ser a introdução dos leões em um parque nacional na Cordilheira do Atlas do Marrocos.
No momento o projeto encontra-se suspenso indefinidamente até que os fundos para o andamento sejam levantados.
Postagem especialmente criada atendendo ao pedido do amigo Carlos, obrigado pelo reconhecimento do nosso trabalho e pela participação.
1 Comentário:
Oi, Cleisson, acho muito lindos os felinos. A pouco visitava a Daniela do blog Consciência com Ciência, onde ela comenta sobre a Onça Pintada. É um animal belíssimo.
Um grande abraço, :)
Suziley.
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