17 agosto 2009

Desmatamento na Amazônia

A taxa anual de desmatamento na Amazônia tem aumentado desde 1990 a 2003 por causa de fatores a nível local, nacional e internacional. 70% das áreas desmatadas em terras da Amazônia, e 91% das terras desmatadas desde 1970 , são usadas para pastagem do gado.

Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor mundial de soja atrás dos Estados Unidos, principalmente para a alimentação animal, enquanto os preços da soja aumentam, os sojicultores estão empurrando, em direção ao norte, as áreas florestais da Amazônia.

As propriedade desmatadas são valorizadas 5 a 10 vezes mais do que a terra de floresta e por esse motivo o proprietário, cujo objetivo final é revenda, transforma suas propriedades em campos. As necessidades dos agricultores de soja têm sido usadas para validar muitos dos controversos projetos de transporte que atualmente vem se desenvolvendo na Amazônia.

As duas primeiras rodovias: a Belém-Brasília (1958) e a Cuiabá-Porto Velho (1968), atualmente são o ponto focal da área de desmatamento na Amazônia brasileira. A rodovia Belém-Brasília atraiu cerca de dois milhões de colonos nos primeiros vinte anos. O sucesso da rodovia Belém-Brasília na abertura da floresta foi ponto de partida para outras estradas pavimentadas que continuaram a ser desenvolvidas. As conclusões das estradas foram seguidas por uma onda de reinstalação e os colonos tiveram um efeito significativo sobre a floresta.

Cientistas, usando dados de satélite da NASA, constataram que a recente mecanização do cultivo foi uma importante contribuição para o desmatamento na Amazônia brasileira. Esta mudança no uso da terra pode alterar o clima da região. Os investigadores descobriram que, em 2003, então o ano de pico de desmatamento, mais de 20 por cento das florestas do Mato Grosso foram convertidas em terras agrícolas. Este achado sugere que a recente expansão do cultivo da região, está a contribuir para um maior desmatamento.

Em 2005, o preço da soja caiu mais de 25 por cento e algumas áreas de Mato Grosso apresentaram uma diminuição no desmatamento, embora a zona agrícola central continuou a limpar as florestas. No entanto, as taxas de desmatamento podem retornar aos altos níveis observados em 2003, qundo a soja e outras culturas começarem a recuperação dos preços nos mercados internacionais.

Este novo driver da perda florestal sugere que a ascensão e queda de preços de outras culturas como a carne de bovino, madeira também podem ter um impacto significativo sobre a futura utilização da terra na região.

A taxa média anual de desmatamento de 2000 a 2005 foi de 22.392 km ² por ano, indices 18% mais elevados do que nos cinco anos anteriores, 19.018 km ² por ano. No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE produz os números do desmatamento anualmente. Suas estimativas são observadas a partir de 100 a 220 imagens captadas durante a estação seca na Amazônia pelo satélite Landsat, também só podem considerar a perda do bioma da floresta amazônica e não a perda de campos naturais ou cerrado dentro da floresta tropical.

De acordo com o INPE, o bioma original da floresta amazônica no Brasil de 4.100.000 km ² foi reduzido para 3.403.000 km ² em 2005, representando uma perda de 17,1%.

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