Custo-benefício da reciclagem

Existem debates sobre a reciclagem e sua eficiencia na economica, sobre a questão ambiental não há o que discutir. Os municípios tem demonstrado benefícios da implementação de programas de reciclagem, principalmente, devido à redução de despesas com aterros sanitários. Um estudo realizado pela Universidade Técnica da Dinamarca constatou que em 83% dos casos, a reciclagem é o método mais eficiente para eliminar resíduos domésticos.



A análise econômica da reciclagem inclui o que os economistas chamam de custo-benefício, que são os custos inestimáveis e os benefícios para o homem e toda natureza. Os exemplos incluem: diminuição da poluição do ar e dos gases com efeito estufa provenientes da incineração, a redução de lixiviação de resíduos perigosos provenientes dos aterros, redução do consumo de energia e redução do desperdício, o que leva a uma redução de atividades prejudiciais para o ambiente como mineração e madeira.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos concluiu um estudo, em favor da reciclagem, dizendo que os esforços para reciclagem reduziu as emissões de carbono no país  para cerca de 49 milhões de toneladas métricas em 2005.

No Reino Unido, o Programa de Ação e Recursos dos Residuos afirmou que a Grã-Bretanha através dos esforços para reciclagem veio a reduzir as emissões de CO₂  em 10 a 15 milhões de toneladas por ano. A reciclagem é mais eficiente em áreas densamente povoadas, como existem nas economias desenvolvidas.

Alguns requisitos devem ser cumpridos para que a reciclagem seja economicamente viável e ambientalmente eficaz.
Uma fonte adequada de materiais reciclados, um sistema para extrair os produtos reciclados a partir do fluxo de resíduos.
Uma fábrica capaz de realizar o reprocessamento dos materiais reciclados.
Uma demanda potencial para os produtos reciclados.

Estes dois últimos requisitos, frequentemente, são ignorados, sem produção industrial e mercado consumidor para os produtos manufaturados, a reciclagem é incompleta e, na verdade apenas "coletação.

Segundo um relatório, na América, de 50 a 80% dos computadores destinados a reciclagem não são realmente reciclados. Há relatos de importações ilegais da China para serem desmontados e reciclados exclusivamente para ganho monetário, sem consideração à saúde dos trabalhadores ou danos ambientais. Embora o governo chinês tenha proibido essas práticas, não tem sido capaz de erradicá-los.

É difícil determinar a quantidade exata de energia consumida ou produzida em processos de eliminação de resíduos. Quanto a energia utilizada na reciclagem depende muito do tipo de material a ser reciclado e do processo utilizado para fazê-lo. Com o alumínio, por exemplo, usa-se muito menos energia quando reciclado, do que em outros processos. A EPA afirma que "a reciclagem de latas de alumínio, por exemplo, poupa 95% da energia necessária para fazer a mesma quantidade de alumínio a partir de sua fonte natural, a bauxita.

Em muitos casos, o custo de materiais recicláveis também é superior ao custo das matérias-primas, por exemplo, o custo da resina plástica virgem é 40% menor do que a resina reciclada.

A reciclagem de papel não deve ser confundida com a salvação das florestas tropicais. Muitas pessoas têm a idéia errada de que a fabricação de papel é o que está causando o desmatamento das florestas tropicais, mas raramente toda a madeira tropical é colhida para o papel. O desmatamento é causado principalmente pela procura de terras para a agricultura ou uso de construção. Portanto, a reciclagem de papel, apesar de uma redução não se beneficia grandemente as florestas tropicais.

Diversos materiais podem ser reciclados, mas cada tipo exige uma técnica diferente.