Ilha do Arvoredo, reserva biológica do Brasil.

O arquipélago do Arvoredo é uma das três reservas biológicas marinhas brasileiras, as outras ficam em Abrolhos, Bahia, e Fernando de Noronha, Pernambuco, está localizada a 11 quilômetros da Ilha de Santa Catarina.

As ilhas do Arvoredo, Deserta, Galés e Calhau de São Pedro formam uma área de 17,8 mil hectares. No fundo do mar é possível encontrar animais raros que estão em risco de extinção, como tartarugas marinhas, esponjas amarelas, gorgônias ou mesmo a arraia-prego, que mede três metros e meio de envergadura por cinco de comprimento, e até golfinhos.

No interior das ilhas, a vegetação é formada por resquícios de Mata Atlântica. As florestas abrigam aves raras como o Trinta Réis. Só são permitidas visitas para pesquisas científicas.

Os turistas não podem sequer tocar nos animais, pedras ou vegetação. O acesso ao interior das ilhas, onde há uma reserva de Mata Atlântica, só para estudos científicos e com autorização do Ibama.

Todos esses cuidados são observados pelas escolas de mergulho que organizam passeios à região. Algumas pessoas são autorizadas a nadar como uma forma de misturar passeio e conscientização ambiental. Nos últimos dois anos, estima-se que mais de 20 mil visitantes procuraram Arvoredo para mergulhar.

Em 1990, foi criada a reserva biológica marinha da região, preservada em conjunto pelas operadoras de mergulho, Ibama e Polícia Ambiental, que tratam de restringir a presença humana no local.

A razão para isso é a imensa biodiversidade das águas da reserva, proporcionada principalmente pelo encontro das águas das correntes marítimas brasileiras com as das Ilhas Malvinas, na Argentina, que propiciam um grande volume de nutrientes para os animais.

O maior perigo para as espécies em extinção são as redes dos pescadores, que vêm à região pegar tainhas e garoupas, entre outros peixes, sem respeitar os períodos destinados à reprodução. Barcos de captura costumam sem expulsos por lanchas das escolas de mergulho que organizam passeios às ilhas.