13 janeiro 2009

Em busca do carro ideal: automoveis movidos a hidrogênio

O hidrogênio, até o presente momento, é o único elemento que poderia destronar os hidrocarbonetos em seu papel de motor do mundo. Outras opções seriam o biocombustível, os carros elétricos, gases liquefeitos de petróleo etc., que são soluções complementares, mas é improvável que cheguem a ocupar o lugar do petróleo. Os especialistas acreditam que, em 2020, os carros movidos a hidrogênio sejam os mais vendidos. Moral faz uma projeção bem a longo prazo. “O problema é que o hidrogênio não é uma fonte de energia. É preciso fabricá-lo.” Para Brunat, o hidrogênio é o “Eleito por seu alto valor energético e pelo volume de emissões escassas ou nulas no tocante à contaminação ou ao efeito estufa”. Ele acrescenta que “embora existam fontes baratas de energia primária, o hidrogênio é uma das primeiras opções de energia intermediária”. A vantagem, no caso do hidrogênio, é que “sua tecnologia de pilha de combustível não gera outras emissões a não ser água, e a perda de calor por despreendimento é mínima, o que permite uma maior eficiência”, observa Brunat. E os inconvenientes? Ambos os especialistas assinalam que “o hidrogênio não é encontrado na natureza, e sua obtenção pela eletrólise da água requer um consumo elevado de energia. Além disso, exige depósitos extremamente rígidos e pesados. A molécula de hidrogênio gasoso é tão minúscula que demanda tecnologias avançadas para evitar que escape. Tampouco devemos nos esquecer de que o hidrogênio gasoso reage violentamente com o oxigênio, a ponto de ser tomado como explosivo”.

De acordo com especialistas, para que não haja dependência excessiva de uma fonte única de energia é preciso reduzir o consumo a um nível razoável, e definir uma matriz energética equilibrada. É imprescindível que haja um maior volume de informações sobre as implicações de cada tecnologia. Atualmente, a informação é bastante parcial e enviesada: gás natural como energia limpa, riscos da energia nuclear, virtudes dos biocombustíveis, potencial da energia eólica etc.”, enumera Brunat. Portanto, o consenso entre as fontes mais informadas não é mais de dependência dos combustíveis fósseis, “e sim de sua eliminação prática e rápida. Trata-se de uma exigência de difícil adoção pelos dirigentes políticos com agendas mais de curto prazo”, observa.

“O ideal, em relação ao hidrogênio, seria que tivéssemos painéis solares em nossas casas, e que nós mesmos fabricássemos nossa energia e abastecêssemos nossos carros com hidrogênio”, insinua Brunat. É um panorama sem dúvida bastante distante da realidade. “Se, hoje, deixássemos de emitir CO2­ pelo planeta, seria preciso muito tempo para as coisas voltarem a ser como eram. Não é o caso, porque continuamos a emitir gases nocivos. É um círculo vicioso, porque achamos que, como sociedade desenvolvida, temos de consumir mais. Dentro de 200 anos, seremos considerados irresponsáveis.” Para o professor da ESADE, “é preciso encontrar pais que atuem como tutores para pôr freio a essa realidade”.

Seja o primeiro a comentar!

Postar um comentário

Seja bem vindo ao Blog do Planeta.
Obrigado pela atenção dedicada.
Espero que tenham gostado do nosso conteúdo.
Fique a vontade para comentar.
Caso tenha problemas no comentário use o formulario logo abaixo.
Obrigado!
Cleisson

  © Planeta do Bem - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo