29 novembro 2008

Insustentável, deixe seu carro na garagem

Um dos maiores problemas ambientais do nosso tempo é também uma das nossas maiores paixões, o automóvel. È claro que é necessário e útil, comodidade, status, e glamour, porem não devemos esquecer dos transtornos e agressões ao meio ambiente que vem junto com a modernidade. Há muito o carro deixou de ser coisa de rico para se tornar de todos, um bem alcançável por todas as classes. A falta de visão sistêmica para o setor de transportes em sucessivas administrações provocou a situação atual: a saturação de veículos nas cidades brasileiras e todos os transtornos que isso causa. Os engarrafamentos crescentes e a perda de mobilidade causam enormes prejuízos à economia, atrasando o deslocamento de trabalhadores, reuniões de negócios, etc. Parado no trânsito, o motorista se transforma numa presa fácil para assaltantes e há inúmeros registros de quadrilhas que agem durante os engarrafamentos. O que antigamente se chamava hora do rush, hoje se estende por diferentes horários do dia, aumentando o tempo gasto no deslocamento das mesmas distâncias. Num engarrafamento o veículo consome mais combustível, libera mais fumaça e contribui para o agravamento dos problemas respiratórios da população. E esse é um dos principais problemas de saúde na atualidade. Estima-se que 800 mil pessoas morram por ano em todo o mundo devido a problemas respiratórios causados pela fumaça dos automóveis. Em cidades como São Paulo, onde para cada dois habitantes há um carro, a situação é gravíssima. A poluição ataca com mais violência crianças e idosos. Segundo estudo da faculdade de Medicina da USP, 455 pessoas com mais de 75 anos morrem por ano em São Paulo por problemas respiratórios causados pelos poluentes presentes na fumaça dos carros. Quando a umidade relativa do ar é baixa, esses poluentes não se dispersam com facilidade, e agravam os problemas respiratórios.É urgente buscar saídas para essa situação grandes investimentos em transportes públicos como o metrô de qualidade para a população mais pobre que não tem carro e é a maioria absoluta dos brasileiros. Incentivar e investir no uso da bicicleta como meio de transporte, construindo ciclovias e promovendo eventos educativos esportivos; o incremento do uso do gás natural e do álcool como combustível, inclusive para os ônibus em substituição ao diesel; Estimular o transporte solidário. É bom lembrar que ônibus não é transporte de massa. E que as vans e as Kombi surgiram no arrepio da lei e da ordem, para suprir a falta de uma política de transporte público inteligente, sustentável, e voltada para quem mais precisa: justamente aqueles que nunca terão um automóvel. Ou se desata o nó criado pelos carros nas cidades, ou esse nó haverá de sufocar o direito sagrado de ir e vir, com segurança e saúde.

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